“E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu
poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas
fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.” 2
Coríntios 12:9
“Veio, porém, a
lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a
graça;” Romanos 5:20
Vou contar algo surpreendente: Deus sabe que somos falhos. Ele conhece
cada pensamento obscuro, cada vontade que escondemos de nós mesmos, cada erro,
cada pecado e, pasmem, mesmo assim nos ama, mesmo assim Jesus escolheu a cruz
para demonstrar Seu imenso Amor ao receber a punição dos pecados que nós
cometemos.
Não digo que o pecado é algo
banal, a consequência é a morte (ver Rm 6:23) e não deve ser tratado de forma leviana. Mas o texto de hoje não é sobre o pecado, é sobre a graça.
A graça, o favor imerecido que nos é dado espontaneamente por Deus e que insistimos
em tentar conquistar.
Deus nos ama muito e deseja um relacionamento
íntimo, pessoal com cada um de Seus filhos. Seu Amor é tão perfeito que não
exige nada em troca para ser distribuído, Ele se alegra com as nossas alegrias
e se entristece com as nossas tristezas, mas não vai se submeter as nossas
vontades (tantas vezes malucas) e nem ignorar o pecado. Ele não ignora o
pecado, Ele perdoa.
Se ignorasse o pecado não
haveria justiça. No entanto, Deus nos perdoa, todas as vezes que nos
arrependemos genuinamente e confessamos a Ele. Então Ele esquece, realmente
esquece. Não há caderninho oculto que será usado mais tarde quando errarmos de
novo, Ele não vai jogar na nossa cara que é enésima vez que cometemos o mesmo
pecado e não vai desistir de nós. Custou o precioso Sangue de Jesus, nem de longe
foi barato. Mas Ele decidiu que valia a pena, que eu valho a pena e que você
vale a pena.
Quando erramos (e fazemos
isso com maior frequência do que gostaríamos de confessar), Ele está disposto a
nos perdoar e nos restaurar, faz tudo novo de novo, tantas vezes quanto forem
necessárias para que possamos entender o quanto somos preciosos para Deus, o
quanto Ele nos ama.
Gostaríamos de nos apresentar
perfeitos, sem qualquer mácula, com um histórico de santidade digno de ... de
que mesmo? Por que nos preocupamos tanto em nos apresentar de determinada forma
quando Ele nos aceita? Quando a obra de transformação é feita pelo Espírito
Santo, que passa a habitar em nós quando aceitamos Jesus. Por que rejeitamos a
graça que nos é ofertada? Por que tentamos fazer um trabalho que somente Deus
pode fazer? É claro que temos uma parte que nos cabe fazer: crer. Crer que a
graça d’Ele é o bastante para nos perdoar, que o poder d’Ele é suficiente para
fazer tudo o que for preciso em nós, por nós e através de nós, que o Amor de
Deus é como Ele: sublime, eterno, vasto, infinito.
Ao invés de nos esforçar para
nos apresentar perfeitos (aos nossos olhos), devemos tão somente nos submeter ao
direcionamento do Espírito Santo, que transformará nosso comportamento e
caráter, no tempo e no ritmo determinado por Deus. Não é pouca coisa.
Da próxima vez que estivermos
sob o peso da condenação, que tal lembrar que Deus quer algo bem diferente para
nós? Viver com Jesus tem uma leveza indescritível; Ele nos torna livres para
viver Seu Amor.
Não rejeite o Amor, a graça e
o perdão que lhe são concedidos, seja grato e aproveite a presença de Jesus em
sua vida.
A Paz