"E, por se
multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará."
(Mateus 24:12)
Essa passagem, ao mesmo tempo que
me toca muito, me choca bastante, sabe por que? Ela vem se cumprindo nos dias de
hoje. Exatamente. O que Cristo em pessoa predisse, hoje se faz realidade.
Observe ao redor, por um momento.
Tome uns minutos para isso.
Pois bem. Vivemos dias em que
estamos permanentemente conectados, porém, jamais estivemos tão distantes uns
dos outros.
Trocamos momentos de comunhão por
longas "conversas" em aplicativos de bate-papo de computador, redes
sociais e mensageiros instantâneos de celular, ao invés de olharmos olhos nos
olhos ou ouvirmos a voz de quem gostamos, ou, ainda, de trocarmos um
silencioso, mas bem significativo abraço.
Não temos mais aquele tempo de
qualidade com a família ou com os amigos, sem um celular inconveniente apitando
com mensagens o tempo todo. Perdemos o prazer de tomar um lanche na companhia
de pessoas que gostamos e amamos em favor dos "laços" virtuais.
Crianças perderam a criatividade
da brincadeira com brinquedos, pois hoje ficam conectadas umas as outras,
jogando e conversando, em computadores, tablets
e smartphones. Crianças já não
brincam como crianças, nem com outras crianças, preferem, também a
"infância" pré-formatada por programadores, em aplicativos coloridos
e barulhentos, que lhes tirou o brilho e o som da inocência e da criatividade
fantástica da verdadeira infância.
Não temos mais o prazer de ler
uma carta escrita de próprio punho por ninguém, o que, para mim, era
fascinante, pois, pela letra, podíamos sentir, e não apenas ler, o que aquela
pessoa queria nos dizer. Não temos mais o prazer de colecionar fotografias em
álbuns, pois temos, hoje, um sem número de arquivos de imagens digitais
compilados em nossos computadores.
Já não temos mais o prazer do
beijo de boa noite de nossas mães, ou de quem lhes faça as vezes, ou de dar um
abraço bem apertado em nossos pais, pois damos tão pouco valor a isso, nunca
temos tempo para nada, mas temos tempo de ficarmos envolvidos em mensagens
eletrônicas, trocando imagens e vídeos (algumas vezes de conteúdo extremamente
duvidoso) e e-mails sem sentimentos claros.
Trocamos o amor pela praticidade.
Trocamos o doce som da gargalhada por surdos "HAHAHAHA!" ou "KKKKK",
o som de uma voz pela frieza das letras padronizadas, o calor de um abraço por
um gélido "incentivo" escrito em alguma mensagem extraída de algumas
das muitas mensagens do gênero "você
pode, você consegue, isso vai passar!", quando que, muitas vezes, um
abraço silencioso, mas ensurdecedor de significados, pode acalmar uma dor que
resiste em passar.
Nos furtamos o prazer de irmos a
uma loja, comprar cd's e dvd's, ou uma livraria para adquirir um livro, nem de
comprar um útil e pedagógico brinquedo para uma criança. Uns minutos numa Appstore
qualquer e um cartão de crédito, e você consegue um e-book (livro em
formato digital), uma música em mp3 ou um joguinho digital para distrair uma
criança. O custo e a praticidade tomaram o lugar de interagir com um
profissional de uma loja, que pode te dar dicas úteis.
Amados, eu não sou contra a
tecnologia nas relações, pois quando pensamos em pessoas que estão fisicamente
distantes, uma conversa por vídeo ajuda a acalmar o coração e um e-mail ou
mensagem instantânea com notícias, fotos ou vídeos trazem algum alento a quem
sente saudade. Mas, ainda assim, não substituem a presença, o carinho, o afeto,
olhos nos olhos, a voz, o sentimento impresso pela letra pessoal numa carta ou
um terno abraço. Amenizam a saudade, mas não são capazes de extingui-la.
Mas, até que ponto permitirmos
que algo que foi concebido para nos dar auxílio, tome o nosso lugar? Até que
ponto permitimos que nossas relações pessoais sejam substituídas por curtidas e
comentários em redes sociais? Até que ponto permitimos que nossos pais e mães
saibam de nossas vidas por terceiros que viram algo em nossas páginas de redes
sociais, quando poderiam ser os primeiros a terem notícias de nós, através de
nós?
Pare um pouco. Tome um segundo e volte a passagem transcrita no início desse post. Reflita em torno dela. Observe o quanto esfriamos uns com os outros, o quanto ficamos intolerantes e impacientes uns com os outros, o quanto deixamos o Amor e o respeito de lado, para vivermos perfis e avatares criados pelas nossas imaginações, para sermos simples personagens, ao invés de pessoas.
Você sabia que o nome de Jesus também significa Deus conosco
(Mateus 1:23; Isaías 7:14)? Sim. É verdade. Você já parou para perceber que
Jesus, sendo Deus, deixou a Sua Glória por um tempo para andar no meio de nós?
Você já refletiu, por um momento, que Jesus ainda permanece entre nós através
do Seu Espírito (João 15:26; 2 Coríntios 3:17)?
Sim, amado. Jesus não nos deixou, nem nos trocou pela
tecnologia. Garanto a você que Ele despreza qualquer segundo de permanência
numa rede social, para sentar-se ao teu lado e te ouvir, mesmo que sejam suas
tristezas e preocupações. Garanto a você que, mesmo Ele sendo onisciente (Ele
sabe de tudo), Ele ainda prefere que você desabafe espontaneamente com Ele. Asseguro
que, mesmo Ele sendo onipresente (Ele está em todo lugar), Ele prefere que você O convide para andar com você e passar o tempo todo ao teu lado. Sim, amado.
Jesus é Deus, mas Ele deseja tanto ter comunhão conosco! Ele nos ama!
Jesus não posta sobre a vida d'Ele em uma rede social, sabe
por que? Porque Ele quer ser a sua vida, Ele quer morar no teu coração, Ele
quer participar de tudo o que diz respeito a você, Ele quer participar de suas
decisões, Ele deseja simplesmente ser tudo em você, te dar Amor e Paz, aquecer
o teu coração em todas as horas, sejam de alegrias ou de tristezas, festejar o
teu sorriso com você e secar as tuas lágrimas. Pois Ele nos ama! E muito, viu?!
Ele, Jesus, nos instruiu a nos amarmos uns aos outros (João
15:12), em sinal claro de Amor a Ele (João 14:21), portanto, que tal desgrudar
desse mensageiro instantâneo do smartphone
por uns minutos ou horas, que tal se desvencilhar desse tablet por um tempo, que tal desligar esse computador (espero que
depois de ler esse post) e ir abraçar seus pais, irmãos e amigos?
Que tal largar esse aparato tecnológico todo e ir escrever
uma carta cheia de carinho a alguém que está distante, sem esquecer de uma
fotografia impressa junto? Que tal se desvencilhar de toda essa coleira
eletrônica por umas horas e ir tomar um lanche com a família ou com os amigos?
Que tal dar um tempo de tanta tecnologia e dedicar tempo para estar em contato
com Deus? Que tal conversar longamente com Jesus? Ele tá bem aí do seu lado.
Toque o sino do Amor e da liberdade em Cristo e experimente
uma vida nova, sem rasuras, ao lado de Jesus. Garanto a você que viver é muito
bom, mas viver em Jesus, é melhor ainda.
Pois Ele nos Ama. De verdade.
A Paz.
A nossa principal busca deve ser por um relacionamento íntimo e pessoal com Jesus. Ninguém pode fazer isso por outra pessoa e não há aparato tecnológico que substitua a conversa com o nosso Pai e também não há prazer maior. O grande Amor que Ele tem por nós transborda e passamos a viver em amor, por Ele, por nós mesmos e pelos outros. A presença d'Ele aquece o coração, é impossível ser indiferente. Que o Fogo do Santo Espírito de Deus incendeie os nossos corações e que jamais se apague.
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